Auditoria na prefeitura de Nilópolis aponta 400 funcionários fantasmas
 

A Após tomar posse, o prefeito do menor município do estado do Rio de Janeiro, Nilópolis, na Baixada Fluminense, abriu uma auditoria pra conhecer a situação financeira da cidade. Alessandro Calazans, do PMN, diz ter descoberto a existência de funcionários fantasmas. Segundo ele, de 900 contratados, no mínimo 400 não existem, conforme mostrou a reportagem do RJTV.

“Dos 900 contratados, podemos afirmar que 400, no mínimo, são fantasmas. Não apareceram para trabalhar nos 22 dias deste ano e nem antes disso”, afirmou o atual prefeito após analisar os documentos.
Segundo o prefeito, o maior número de fantasmas estava bem perto dos olhos de quem comanda a cidade. Uma lista tem o nome dos 190 funcionários que foram contratados para exercer funções nas doze coordenadorias e superintendências do gabinete do prefeito. Mas como 190 pessoas poderiam trabalhar em cinco pequenas salas? De acordo com a auditoria, a maioria dos empregados, 147 funcionários, nunca apareceram.

Secretarias sem sede e telefone
De acordo com a nova administração, aconteciam alguns absurdos nas secretarias. Na Secretaria Esportes, dos 29 contratados, apenas um foi trabalhar este ano. Na Secretaria de Ação Social eram 40 funcionários fantasmas e 20 na de Meio Ambiente. Na Secretaria de Administração Regional eram 14 funcionários. O secretário ganhava R$ 4 mil por mês. Segundo Alessandro Calazans, a secretaria não tinha sede, não tinha telefone e os funcionários nunca foram vistos trabalhando. Todos foram exonerados em novembro pelo antigo prefeito Sérgio Sessim, do PP.

“Não tenho a mínima noção do que ela representa, porque nós estamos no menor município do estado e não preciso de uma secretaria especifica para cuidar de um pedaço da cidade”, afirma Calazans.
A prefeitura que contratava funcionários fantasmas é a mesma que dizia não ter recursos para manter o posto de saúde no bairro Cabral, fechado há quatro anos. Lá, equipamentos estão fechados e o prédio já precisa de reformas. O atual prefeito informou que o posto deve ser reaberto em cinco meses e que está enxugando a folha de pagamentos, que a partir do mês que vem será reduzida em R$ 3 milhões.

Irregularidades
O ex-prefeito de Nilópolis Sérgio Sessim, do PP, informou que a Secretaria de Administração Regional foi a princípio um grupo de trabalho, mas que ela seria estruturada caso fosse reeleito. Sobre os funcionários fantasmas citados na nossa reportagem, Sessim afirmou que cabe às autoridades competentes investigar supostas irregularidades.

E o prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, do PSB, que denunciou a existência de supersalários na prefeitura, admitiu ter nomeado a mulher, Tatyane Azevedo de Freitas Lima, como secretária de relações institucionais e comunicação. Ela vai receber R$ 15.900 por mês. O prefeito disse que ela tem todas as credenciais necessárias para ocupar o cargo..