DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DA AUDITORIA INTERNA
Em várias ocasiões, temos a oportunidade de ler descrições de
atribuições de auditores internos em pesquisas assinadas por entidades
renomadas nesse ramo, utilizadas por muitas empresas como subsídio à sua
política pessoal.
A simples leitura dessas atribuições leva ao entendimento de que a
atuação dos auditores internos tem o enfoque ainda hoje, de policiamento
de fraudes, fiscalização de cumprimento de normas, conferência de
despesas e verificação de documentos comprobatórios. Ainda mais: em boa
parte das descrições, o trabalho do auditor interno parece restrito ao
campo contábil.
A moderna postura da auditoria interna, qual seja a de ação a nível de
assessoria gerencial à alta administração das empresas, com atuação
sistêmica nos incontáveis ramos do fluxo de informações não é encontrado
nas descrições que temos visto.
O objetivo final dos modernos auditores internos, que é a formação de
opinião a respeito de critérios, procedimentos, métodos de
quantificação, tempo gasto nas operações, etc.; não é destacado.
A procura de pontos de simplificação, de racionalização de custos de
segurança nas informações para fins decisórios, sequer são mencionados.
A busca de irregularidades, a constatação de divergências e a
identificação e apuração de fraudes e desvios aparecem, geralmente
identificadas como objetivos primeiros dos auditores internos.
Além destas distorções conceituais e de postura, a situação fica mais
difícil quando procuramos descrições das atribuições por níveis de
auditores internos.
As atribuições de auditores internos juniores, plenos, seniores,
supervisores ou gerentes apresentam-se quase sempre incompletas.
Sem a pretensão de fixar lei, parece-nos oportunos apresentar a nossa
versão das atribuições dos níveis mais comuns de auditores internos:
1 – Auditor Junior
· Executa passos mais simples do programa de trabalho;
· Coleta e anota dados nos Papéis de Trabalho, conforme orientação
e atribuição dos Auditores Pleno e Sênior;
· Procede ao levantamento de procedimentos simples e elabora Papel
de Trabalho descritivo ou fluxografado;
· Elabora sumário de volumes destinados à quantificação de amostras a
serem selecionadas nos testes do trabalho;
· Executa testes simples com base em programa de ação desenvolvendo
pelos auditores pleno e sênior, realizando verificações em documentos,
saldos de contas, bens e valores em operações que estão
sendo auditadas, etc.;
· Obtém, e posteriormente devolve às áreas auditadas, documentos
necessários à realização dos testes de auditoria;
2 – Auditor Pleno
· Recebe supervisão do Auditor sênior em suas atividades, seja de
levantamento de procedimentos, definição ou execução de testes de
validação e transacionais;
· Acompanha atuação do auditor Júnior, visando sincronia de atividade;
· Auxilia auditor sênior na definição de programa de ação, a partir do
que está estabelecido no programa Anual de Auditoria Interna;
· Elabora levantamento de procedimentos e confecciona Papel de Trabalho
correspondente, na forma descritiva ou fluxografada;
· Executa testes de validação e de transação de acordo com programa de
ação estabelecido;
· Emite pareceres intermediários a respeito de enfoques examinados;
· Estabeleça a adoção de plano de amostragem, aplicada ao sumário de
volume;
· Observa o cumprimento de normas, procedimentos internos e
determinações legais nos enfoques examinados;
· Formula recomendações a nível de Papel de Trabalho, com relação a
pontos de racionalização, simplificação, fortalecimento do controle
interno, segurança das informações, irregularidades ou divergências
observadas nos enfoques examinados;
· Auxilia auditor sênior na avaliação de desempenho do auditor júnior;
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